DEPRESSÃO-FEMININA


A depressão pode afetar as pessoas em qualquer fase da vida, mas sua incidência é mais alta na meia idade e entre o sexo feminino. Nas mulheres a prevalência é de três vezes maior.
Caracteriza-se por “um estado de espírito profundamente doloroso”, diminuição do interesse pelo mundo exterior, perda da capacidade de amar, inibição de todas as funções, rebaixamento do humor com manifestações de tristeza, choro, abatimento moral, desinteresse.
A depressão pode estar relacionada a três tipos de situações:
  1. Situações reais – como resposta a algum acontecimento, algum evento desagradável. Ex. aborrecimentos graves, frustrações, perdas...
  2. Situações anímicas (vem de ânimo) – Neste caso, certas perspectivas futuras, anseios e objetivos são representados por um estado de ânimo mais pessimista, rebaixado. Valorizando coisas irreais e imaginárias. Sofre-se por algo que não existe.
  3. Situações vitais – Neste caso são transtornos da afetividade. Pode ser desencadeado por vivências traumáticas. Sempre tingem de negro suas perspectivas futuras.
    Na mulher a depressão tem maior incidência em dois períodos:
  • Depressão pós-parto – período de risco psiquiátrico aumentado no ciclo de vida da mulher. A depressão pode com intensidade variável, tornando-se um fator que dificulta o estabelecimento de um vínculo afetivo seguro entre mãe e filho, podendo interferir nas futuras relações interpessoais estabelecidas pela criança.
Vários fatores podem ser mencionados como possível causa da depressão pós-parto, entre eles:
  • Fatores biológicos – São resultados da grande variação nos níveis de hormônios sexuais (estrogênio e progesterona) circulantes e de uma alteração no metabolismo das catecolaminas causando alteração no humor, podendo contribuir para a instalação do quadro depressivo.
  • Fatores psicológicos -  São originados de sentimentos conflituosos da mulher em relação: a si mesma, como mãe; ao bebê; ao companheiro; a si mesma, como filha de sua própria mãe.
Sintomas:
  • Choro
  • Fadiga
  • Humor deprimido
  • Irritabilidade
  • Ansiedade
  • Confusão
  • Lapsos curtos de memória
Por que mulheres têm depressão pós-parto?
Ter um filho é um momento maravilhoso para a mulher, é um dos momentos mais felizes, mas ainda que a vinda do bebê seja recompensadora, às vezes pode ser difícil e estressante. Acontecem várias mudanças físicas e emocionais na mulher quando ela está grávida e depois de ter o bebê. Essas mudanças podem deixar as mães tristes, ansiosas, confusas ou com medo(tristeza maternal). Para muitas mulheres esses sentimentos vão embora rápido, mas quando eles demoram ou pioram pode ter depressão pós-parto, condição séria que requer cuidados médicos.
  • Depressão na menopausa – a menopausa é o nome que se dá à última menstruação da mulher, ou seja, àquela menstruação que encerra em definitivo o seu ciclo reprodutivo, tal como a menarca (primeira menstruação) o iniciou. A menopausa envolve inúmeras mudanças biológicas e sociais que produzem uma sintomatologia geral. Primariamente: irregularidade dos períodos e fluxos menstruais, ondas súbitas de calor, com ruborização do rosto, pescoço e colo. E secundariamente instabilidade emocional, tristeza, depressão, sensível aumento de peso, náuseas, dores generalizadas ou mesmo reumáticas, dores nas relações sexuais, aumento ou diminuição acentuada do desejo sexual, enxaquecas, etc. Na menopausa há uma especificidade desta crise que coincide com a aparição das primeiras marcas do tempo, o envelhecimento e os lutos (as renúncias)

Em cada mulher a depressão terá diferentes significações que só o médico, o terapeuta poderá desvendar. Não tome medicamento sem conhecimento médico. Um único sintoma não é sinal de depressão, mas sim o conjunto de sintomas por um longo período de tempo.
Ao perceber sinais de depressão procure orientação médica.
Fontes: ABC da saúde
             Guia do Bebê
              www.boasaúde.uol.com.br
              Sexualidade Feminina, 2002, Neusa L.Coelho
              Jornal do Estado de Minas Gerais

Cristina Meirelles (Cursa 8ºperíodo de Psicologia)
INV de Alcântara-RJ

Um comentário:

Eliane disse...
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